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SOBRE A ARTE

SOBRE A ARTE

A controvérsia da nudez na arte que chegou até o Louvre e outros museus de Paris

As chamadas acima fazem parte de uma campanha publicitária lançada em 2015 pelo Museu d'Orsay e pelo Museu da Orangerie, ambos em Paris, foi retomada neste mês de outubro. A ideia é atrair crianças, adolescentes e famílias para as instituições que reúnem obras consagradas da história da arte.


A campanha é composta por nove cartazes, que serão expostos nas ruas, paradas de ônibus e metrôs da capital francesa. A frases em destaque são sempre direcionadas a pais e filhos. Veja alguns deles abaixo:


"Tragam seus filhos para ver gente nua."

"Tragam seus filhos para ver esportes de combate."

"Tragam seus filhos para ver esportes de combate."

A peça que fala sobre nudez foi a que mais repercutiu nas redes sociais no lançamento original. Ela apresenta ao público a obra Femme Nue Couchée (Mulher Nua Deitada), finalizada em 1907 pelo pintor francês Auguste Renoir.


A tela mostra uma jovem nua deitada sobre a cama. Ela está com os seios à mostra e com um lençol cobrindo o sexo.


Quem assina a campanha que contextualiza a ideia de museu para crianças é a agência parisiense Madame Bovary, sob a coordenação da diretora de comunicação do Museu d'Orsay e da Orangerie, Amélie Hardivillier, que garante: "A campanha foi muito bem recebida pelo público, apreciada e reproduzida. Não houve nenhuma polêmica em relação a ela".


Na contramão de seus parceiros, o Museu do Louvre impediu a exibição de uma instalação por considerá-la "sexualmente explícita". Produzida pelo coletivo de arte e design holandês Atelier Van Lieshout, a obra batizada de Domestikator tem um contorno que lembra um ato sexual.

De acordo com o Le Monde, a decisão do Louvre, que ocorreu na semana passada, foi motivada por debates nas redes sociais.


Domestikator ia ser exibido no Jardim das Tulherias no próximo dia 19 de outubro como parte do programa de arte pública Horls Les Murs, que é organizado pela feira de arte contemporânea Fiac.

Joep van Lieshout, fundador do coletivo holandês, criticou a decisão do Louvre. Em entrevista ao jornal The New York Times, ele disse: "Um museu deveria ser um local aberto para comunicação. A tarefa do museu e da imprensa é explicar a obra. A peça em si não é realmente muito explícita. É uma forma muito abstrata. Não há genitais. É bem inocente", disse.


O caso do Louvre tem paralelo com dois casos que ocorreram recentemente no Brasil, ambos impulsionados por discussões nas redes sociais: o cancelamento da exposição Queermuseu, em Porto Alegre, e a polêmica em torno do MAM (Museu de Arte de Moderna de São Paulo), acusado de pedofilia por conta da interação de uma criança numa performance - que envolvia nudez - do artista Wagner Miranda Schwartz.

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