Dadaísmo: a Arte reage ao absurdo da guerra
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Tudo começou num clube noturno
A revolução artística do dadaísmo teve início na neutra Suíça, refúgio de artistas europeus durante a Primeira Guerra Mundial. Foi lá que os dadaístas se reuniram em 5 de fevereiro de 1916, no Cabaret Voltaire, clube noturno fundado em Zurique pela cantora Emmy Hennings e o poeta Hugo Ball. Vestindo um traje cubista, Ball recita seu famoso poema absurdo "Jolifanto bambla ô falli bam ..."
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Arp, Tzara, Richter
Os artistas Hans Arp, Tristan Tzara e Hans Richter chegaram a Zurique durante a Primeira Guerra Mundial. Eles criticavam os massacres sem sentido do conflito através de suas próprias obras absurdas. Suas performances caóticas atacavam a burguesia e a Igreja.
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Richard Huelsenbeck
O psicanalista e poeta alemão Richard Huelsenbeck também fugiu para Zurique e se tornou um dos membros fundadores do dadaísmo. Depois da guerra, Huelsenbeck se mudou para Berlim e, em 1920, publicou o "Dada Almanach", que incluía seu "Manifesto Dada." Nele, comparou sua famosa poesia simultaneísta a "jogar tudo numa confusão".
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Hannah Höch
Dadaístas se rebelaram contra interpretações tradicionais da arte. Eles eram inspirados por associações ilógicas encontradas em sonhos. As artes visuais também foram influenciadas pela introdução de novos materiais e a aceitação da imperfeição. A artista alemã Hannah Höch era especializada em colagens e montagens de fotos. Ela criou referências paradoxais, distorcendo a realidade.
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Marcel Duchamp
Ele chamava suas obras de "ready mades". Transformou um mictório enuma peça de museu, chamando-o, ironicamente, de "A fonte" e mostrou que uma roda sobre um banquinho pode ser considerada uma escultura. Duchamp também acrescentou um bigode a uma reprodução da Mona Lisa.
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Kurt Schwitters
Ele se tornou uma estrela dadaísta solo em Hannover. Schwitters inventou seu próprio movimento artístico e o batizou de Merz. O nome surgiu através de uma montagem usando uma propaganda do banco alemão Kommerz- und Privatbank. Ele criou edifícios Merz, que eram obras de arte arquitetônicas em madeira, reboco e pintura. Também publicou revistas Merz, em que promovia sua poesia.
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Francis Picabia
O artista francês participou de vários movimentos. Picabia começou como impressionista, passou para o cubismo, se tornou dadaísta e acabou com os surrealistas. Suas pinturas estão cheias de alusões a sonhos e desejos reprimidos, como neste trabalho, "Dresseur d'animaux", de 1923.
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Max Ernst
Em Colônia, Max Ernst se autodenominou Dadamax. Ele experimentava novas técnicas e materiais, integrando, por exemplo, objetos do cotidiano, como madeira e ferramentas, em uma obra de arte e chamando-a de "fruto de uma longa experiência". Também trabalhava suas experiências de guerra em colagens, usando imagens de pilotos e bombas, retiradas de reportagens ilustradas da frente de batalha.
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Man Ray
O americano é um dos representantes mais importantes do dadaísmo, mesmo que tenha passado depois para o surrealismo. Ray também criava associações inesperadas, sobretudo através de fotos. Esta transforma o corpo de uma musa enigmática num violoncelo. Os retratos que fez de seus colegas vanguardistas também o tornaram famoso.
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Sophie Taeuber-Arp
Às vezes, ela preferia dança às artes visuais. A artista suíça usava máscaras quando se apresentava no Cabaret Voltaire. Suas pinturas, compostas de formas geométricas, não eram provocantes. Taeuber-Arp preferia fazer círculos, quadrados e retângulos brilharem alegremente. Ela se casou com o dadaísta Hans Arp em 1922.
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Hans Arp
O franco-alemão era também ativo em várias formas de arte. Foi pintor, escultor e poeta. Seus trabalhos consistiam em colagens e xilogravuras. Arp colaborava frequentemente com sua mulher. O casal tinha como objetivo criar uma arte impessoal, que não era realizada por apenas uma pessoa. Ele também colaborou com Max Ernst em Colônia.
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André Breton
O autor do "Manifesto surrealista" conheceu em Paris o artista romeno Tristan Tzara, que era então um dos principais promotores do movimento Dada. Os dois começaram a organizar eventos dadaístas juntos. Breton publicou textos escritos por dadaístas na revista "Littérature", ajudando a popularizar o movimento na capital francesa.