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SOBRE A ARTE

SOBRE A ARTE

Precursores geniais


A História da Arte está repleta de artistas geniais, que deram sua contribuição ao mundo através de suas produções e pensamentos. Difícil atribuir juízo de valor aos mais importantes, porque isto poderá cair no gosto pessoal ou nas semelhanças entre sistemas de pensamento, crenças ou informações. Inegáveis as contribuições de Michelangelo, Da Vinci, Dürer, Bruegel, Caravaggio, Velásquez, Vermeer, Van Gogh, Klee e tantos outros. Mas, alguns alcançaram níveis tão altos que poucos conseguiram seguir, como Piero della Francesca, Goya, Cézanne, Matisse, Picasso e Duchamp. Piero della Francesca (1410-1492): está longe da popularidade e conhecimento que se espera de um grande mestre. Suas personagens têm uma nobreza rara e austeridade. Suas figuras, expressões indevassáveis. Era um dos mais brilhantes cultores do humanismo na Itália e exerceu grande influência em dois movimentos da pintura moderna: o cubismo e o abstracionismo, há quase 500 anos atrás. Morre em 1942 completamente cego. Sua obra pictórica é comparada à antiga estatuária grega. Francisco Goya e Lucientes – Espanha - (1746-1828): sua obra extrapola seu tempo. Sua trajetória e ideias revelam a história europeia. Era um pintor que conhecia profundamente a natureza humana e seus sentimentos. O mundo que Goya pintou é universal e atemporal, viveu e expressou a experiência da dor, do desespero, do medo e da absoluta falta de perspectivas para a humanidade. Em Pinturas Negras, que marcou sua velhice, soltou seus monstros, seu medo, desespero e horror. Escreveu a História Crítica da inquisição na Espanha e morreu exilado aos 82 anos em Bordéus, França. Paul Cézanne – França – (1839-1906): foi o pai do pós-impressionismo, abriu caminhos para o cubismo e a arte moderna. Restabeleceu a solidez dos objetos pintados, fugindo do impressionismo, nas sensações efêmeras. Sua pintura tinha estrutura geométrica entre esferas, cones e cilindros. Obstinado, fugiu do impressionismo para revelar o rumo decisivo da pintura moderna. Cézanne transcendeu o motivo naturalístico para captar a estrutura volumétrica dos objetos. Deixou mais de duas mil obras. Morreu aos 67 anos. Henri Matisse – França – (1869-1954): foi o grande líder do fauvismo, cores puras, contrastantes, pinceladas rítmicas. A expressão francesa “les fauves” seria traduzida por selvagens. Com a maturidade, sua pintura tornou-se simplificada, era apenas cores e linhas que tendiam para o arabesco, com figuras, naturezas mortas e interiores. Na pintura de Matisse, o soberano é a composição, que sempre era impecável. Depois a luz, sempre brilhante, em grandes campos. A cor nele não obedecia ao desenho, estabelecia formas próprias. Matisse foi um pintor que simplificou a pintura, tornando-se um dos maiores criadores do século XX. Pablo Picasso – Espanha (1881-1973): foi com Georges Braque um dos fundadores do cubismo. Aos 8 anos, pintava sua primeira tela O Toureiro, que conservou por toda vida. Tudo vinha do observar e da intuição. Picasso foi pintor, desenhista, gravador, escultor e poeta. Sua maior contribuição à história da arte foi o cubismo, quando os objetos são achatados sobre a tela de modo que os diferentes lados de cada forma possam ser mostrados simultaneamente. As coisas são definidas em termos da superfície bidimensional e modificou de maneira permanente o curso da arte ocidental. Marcel Duchamp – França – (1887-1968): pode-se pensar numa arte antes e depois dele. Duchamp dilatou caminhos à arte contemporânea. Foi cubista, mas não se sentia confortável com uma pintura “retiniana”. Depois buscou seu caminho, especialmente nos ready-mades, objetos entre os quais o artista intervém separando-os do seu contexto original, juntando novos ingredientes, e modificando seus significados. Duchamp buscava invalidar objetos como artísticos, mas anestesiá-los esteticamente. Sua contribuição foi libertadora e hoje grande parte de artistas pós-Duchamp fazem a grandeza de nossa arte.

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