Exposição no Coliseu de Roma contará história da arena
Desde o dia 8 de março de 2017 e até o dia 7 de janeiro de 2018, toda a história do Coliseu, desde sua construção até os dias de hoje e através de utensílios, pinturas, instalações, documentos e maquetes, será contada no interior da famosa arena, visitada todos os anos por cerca de 6,5 milhões de pessoas.
A exposição “Colosseo: Un’Icona” (“Coliseu: Um Ícone”), idealizada e organizada pela Superintendência Especial para o Coliseu e para Área Central de Roma com colaboração com o grupo italiano Electa, mostrará para todos seus visitantes como era e o que se tornou o maior e mais conhecido anfiteatro do mundo.
Após mais de uma década de grandes mostras sobre a arena, esta exposição promete ser ainda maior, com documentos que mostram as últimas descobertas das escavações e restaurações do local e como o espaço era durante o período medieval, quando era repleto de criptas, igrejas e até edifícios residenciais das famílias mais ricas e importantes.
“Esta mostra é uma soma de experiências e estudos, a primeira que fala do Coliseu após os trabalhos que os Césares [os imperadores de Roma] fizeram nele”, disse a diretora do Coliseu, Rossella Rea, curadora da iniciativa em colaboração com Serena Romano e Riccardo Santangeli Valenzani. Segundo o superintendente de Bens Arqueológicos de Roma, Francesco Prosperetti, tudo o que estiver presente na mostra a partir desta quarta ajudará os turistas, que na maioria das vezes nem sabem ao certo o que estão vendo dentro do Coliseu, a conhecer melhor o famoso Anfiteatro Flavio.
Para o italiano, essa exposição tornará mais fácil cumprir o objetivo de fazer com que o Coliseu fique no “centro” de Roma e possa se conectar cada vez mais com toda a cidade.
O percurso expositivo da mostra conta com várias paradas. A primeira é um grandioso trabalho em madeira resultado dos estudos realizados na arena pelo arquiteto Carlo Lucangeli entre 1790 e 1812 e que foi restaurado em 2000, além de outros objetos que foram encontrados nas escavações 1813, como uma epígrafe inaugural do anfiteatro e pedaços de uma arquitrave de mármore.
Outra parada, que com certeza atrairá a curiosidade dos turistas. é a dedicada a fase medieval do ponto turístico, já que os terremotos que atingiram a capital italiana após esse período destruíram a maioria da construção e mudaram consideravelmente o seu aspecto e a sua função.
Segundo Rea, “ficaram apenas traços fracos” do Coliseu medieval.
No entanto, em alguns séculos, o espaço conseguiu se reconstruir mudando sua função principal de espetáculo, durante o século 6, e tendo muitos de seus ambientes transformados nas cryptae, estruturas funcionais, indicam documentos do século 11.
Outra parada mostra as descobertas de escavações realizadas no interior da arena desde 2011 datadas entre os séculos 12 e 13, como provas da existência de edifícios de famílias ricas e aristocráticas romanas, sendo que a primeira foi a Frangipane. A exposição também mostra os projetos de realização de seis igrejas no Coliseu e algumas das pinturas e afrescos que estiveram presentes nessas construções. (ANSA)