A irreverência das criações do estilista Jean Paul Gaultier

Estilista francês é uma grande influência da moda e sempre surpreendeu.
Uma exposição sobre as criações de Jean Paul Gaultier está rodando o mundo. O estilista francês, que ganhou o apelido de “enfant terrible da moda”, ou seja, a “criança terrível da moda”, é um dos mais influentes do mundo e adora surpreender.
Nas mãos do francês, a camisa de marinheiro virou moda, homens vestiram saia e a lingerie foi parar no tapete vermelho. Gaultier nunca seguiu regras, nem tendências. Pelo contrário, rompeu com os conceitos tradicionais da moda parisiense.
Ele foi um dos primeiros a usar modelos idosos e acima do peso. Aos 61 anos, segue um atento observador da vida urbana, que sempre serviu de inspiração.
“Na minha opinião, a Inglaterra e o Japão são os países com mais individualidade. Existe um culto à diferença. Já, no Brasil, ele brincou, o culto é ao corpo”, afirma o estilista.
Jean Paul Gaultier veio a Londres nos anos 1970, em plena era punk. Ele se apaixonou pelo estilo irreverente e nada convencional. Hoje, mais de 40 anos depois, as referências à capital britânica e ao movimento musical continuam fazendo parte das criações desse estilista francês. Uma peça que pode ser vista na mostra é da última coleção dele.
Do punk ao pop. Quem não se lembra do sutiã em forma de cone? É impossível falar de Gaultier sem falar da sua musa maior: a cantora Madonna. A colaboração entre os dois começou nos anos 1990 e continua até hoje.
Todas as 165 peças expostas vieram do acervo do estilista, mas Gaultier relutou em fazer a exposição por considerar que retrospectivas são para artistas que já morreram. Que bom que ele mudou de ideia, pois, assim, é possível admirar as criações sabendo que ainda tem mais por vir.